A Agricultura Biológica é uma atividade produtiva e económica que se relaciona em pleno com as condições ecológicas naturais.
Em Portugal, várias entidades tem vindo a desenvolver esforços no sentido da sua promoção e desenvolvimento, mas o setor carece, ainda, de sinergias entre as diversas entidades, de difusão da informação técnica produzida ao nível da investigação, de articulação com os agentes económicos e da identificação das lacunas associadas à produção, transformação e comercialização dos produtos biológicos.
Neste sentido e tal como já acontece noutros países é fundamental promover em Portugal um trabalho conducente ao fortalecimento deste sector, nomeadamente ao nível de modernização de infraestruturas, da promoção da agregação de valor e da aceleração do crescimento do Modo Biológico, sendo necessário para isso dotar de competências todos os elos da cadeia, nomeadamente, os produtores, de modo a que estes possam atuar de acordo com as boas práticas necessárias, utilizando sistemas de gestão modernos. Assim como será determinante que os mesmos sejam acompanhados, em regimes de consultadoria técnica, por entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SCT), bem como, apoiados na área de investigação e desenvolvimento (I&D) e no desenvolvimento económico.
Tornou-se por isso premente a criação do Centro de Competências para a Agricultura Biológica e para os Produtos no Modo de Produção Biológico (CCBIO) focado na produção e difusão de conhecimento científico e tecnológico que contribua para a robustez e a sustentabilidade do sector quer através da inovação quer através da resolução de alguns constrangimentos.
Ao nível dos constrangimentos, o CCBIO deverá, entre outros, assentar na resposta a desafios de desenvolvimento sectorial e privilegiará parcerias estratégicas a este nível. É igual pretensão deste Centro de Competências, facilitar oportunidades aos diferentes agentes económicos para melhorar e tornar mais competitivas as suas empresas ou negócios, levando os promotores a reforçar a sua colocação no mercado interno e inclusive em novos mercados, mediante a participação em certames internacionais, numa estreita ligação entre as diversas entidades.
Visão
Desenvolver o setor da Agricultura Biológica em Portugal como um setor inovador, competitivo e com níveis de excelência e de referência mundial.
Missão
O CCBIO terá como missão promover o desenvolvimento sustentável e competitivo no sector nos domínios técnico-científico, ambiental, socioeconómico e formativo.
Objetivos gerais
- Promover sinergias entre as várias entidades do setor;
- Promover investigação que suprima as lacunas técnicas da Produção Biológica através da investigação, desenvolvimento de novas tecnologias e de inovação;
- Promover a divulgação de informação sobre a produção, transformação, o mercado e o comércio de produtos Biológicos.
Objetivos específicos
- Contribuir para o desenvolvimento rural nas regiões desfavorecidas, nomeadamente das produtoras de produtos Biológicos;
- Analisar os constrangimentos e as necessidades dos agentes económicos;
- Ligar os agentes económicos e os negócios a entidades internacionais que possam alavancar o desenvolvimento nacional em áreas estratégicas;
- Fomentar Grupos Operacionais no âmbito da Agricultura Biológica;
- Criar uma agenda nacional de investigação;
- Promover tecnologias agrícolas inovadoras;
- Promover estudos de mercado regional, nacional, comunitário e internacional para os produtos de Agricultura Biológica;
- Definir métodos inovadores para a gestão de pragas, doenças e ervas daninhas;
- Definir métodos para aumentar a eficiência no consumo energético;
- Desenvolver ingredientes e técnicas compatíveis com a transformação de produtos alimentares de origem biológica;
- Contribuir para reduzir os custos dos fatores de produção;
- Promover a transferência de conhecimentos e tecnologias para as empresas;
- Prestar serviços de valor acrescentado, nomeadamente a organização de congressos, seminários, colóquios, reforço da competência dos quadros dos agentes económicos etc.;
- Promover e melhorar a produtividade e os circuitos de comercialização a nível nacional e internacional;
- Criar uma estratégia e uma política de promoção comercial, que passe por ações de divulgação e sensibilização aos consumidores com o objetivo de aumentar o consumo de produtos produzidos em Modo Biológico;
- Promover a comercialização dos produtos, em particular para nichos de mercado emergentes, mas já de forte potencial;
- Fomentar a internacionalização.
Parceiros
Comissão Diretiva
Outros Parceiros
- Câmara Municipal de Barrancos
- Câmara Municipal de Beja
- Câmara Municipal de Castelo Branco
- Câmara Municipal de Évora
- Câmara Municipal de Idanha a Nova
- Câmara Municipal de Mértola
- Câmara Municipal de Moura
- Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo
- Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural
- Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-alimentar do Alentejo, Beja
- Centro de Apoio Tecnológico AgroAlimentar de Castelo Branco
- Universidade Europeia, Lisboa
- Instituto Politécnico de Beja
- Instituto Politécnico de Bragança
- Instituto Politécnico de Castelo Branco
- Instituto Politécnico de Coimbra
- Universidade do Algarve
- Universidade de Évora
- Associação In Loco, São Brás de Alportel
- Associação para o Desenvolvimento e Promoção Rural do Oeste, Cadaval (LEADER OESTE)
- Associação das Terras e das Gentes da Dieta Mediterrânica, Loulé
- Associação de Defesa do Património de Mértola
- Cooperativa Agrícola de Produtores Bio do Alentejo, CRL, Serpa (ALMABIO)
- Associação de Apicultores do Parque Natural do Vale do Guadiana, Mértola
- Associação de Produtores do Concelho de Serpa
- Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, Beja
- EcoSapiens, Lisboa
- Sementes Vivas, Idanha a Nova
- Sociedade Agrícola Herdade do Carvalhoso, Coruche
- Herdade do Freixo do Meio, Montemor o Novo